Eu amo viajar, são experiências que trazem conhecimento, fazemos amigos, relaxamos a alma, faz com que a vida seja muito mais gostosa de viver, de aguentar. Alguém disse que "Viajar é mudar a roupa da alma" e eu acredito tanto nisso, que toda vez que posso arrumo as malas e caio no mundo.
Estou de férias e fui visitar algumas cidades, uma delas Maceió. Como sou apaixonada por história, claro que corri atrás de saber como tudo começou, ir um pouco além das lindas praias.
Bom, na colonização o estado de Alagoas surgiu quando foram divididas as Capitanias hereditárias, no pedaço que ficou para Duarte Coelho Pereira. Os primeiros habitantes das Alagoas eram "Selvagens bronzeados, de estatura mediana, cabelos pretos e lisos, pertencentes as tribos Caetés, Cariris, Mariquitos etc. Posteriormente, com o tráfico africano, a economia da região prosperou com a colaboração deles, foram chamados de "colonizadores anônimos" por Abelardo Duarte.
A sede do Governo era a Vila das Alagoas. Maceió era uma pequena vila e em abril de 1838, Agóstinho da Silva Neves que assumiu o governo da província pede a transferência da capital da cidade para Maceió.
Na economia, foi desenvolvida a indústria açucareira, e o desenvolvimento da cultura do algodão, fumo e do milho, o que ajudou na sua emancipação.
Em 1889, deu-se a proclamação da República pelo Alagoano Deodoro da Fonseca. A República trouxe à administração de Alagoas o desenvolvimento que hoje é presenciado.
Se você também quiser sair do roteiro das praias, seguem alguns locais que visitei e achei bem legal:
01. Memorial Teotônio Vilela
Conta a história de vida do Menestrel Teotônio Vilela (empresário e político brasileiro). Foi projetado por Oscar Niemeyer, contém fotografias, textos e acervo pessoal.
Horário: Todos os dias de 9h ás 21h.
End. Av. Dr. Antonio Gouveia, s/n, Pajuçara.
02. Museu de Imagem e do Som de Alagoas - MISA
Composto por fotografias, materiais e equipamentos de áudio e vídeo.
Horário: Terça a sexta, 8 ás 17h / Finais de semana e feriados, 13h ás 17h.
End. R. Sá e Albuquerque, 275, Jaraguá.
03. Associação Comercial de Maceió
Abriga os museus do Comércio de Alagoas e da Tecnologia do Século XX. A Associação é a própria história do açúcar e do algodão em Alagoas. "As características arquitetônicas evocando as fachadas greco-romanas, fazem do prédio, o autêntico exemplar do estilo neoclássico em Maceió".
Horário: Segunda a Sexta, 9 ás 17h
End. R. Sá e Albuquerque, 467, Jaraguá
04. Casa do Patrimônio
Possui exposição do acervo dos mestres artesãos alagoanos e do Nordeste.
Horário: Terça a domingo, 9h ás 17h
R. Sá e Albuquerque, 157, Jaraguá
05. Memorial à República
Homenageia os dois Marechais Alagoanos: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. É possível conhecer a história da República e ver exposições itinerárias.
Foi inaugurado em 15 de novembro de 2005.
Horário: Terça a Sexta, 9h ás 17h / Finais de Semana e feriados, 14h ás 17h
End. Av. da Paz, s/n, Jaraguá
06. Memorial Pontes de Miranda
Preserva a obra do jurista alagoano Pontes de Miranda e a história da Justiça do Trabalho em Alagoas.
Horário: Segunda a Sexta, 9h30 ás 14h30
End: Av. da Paz, 2076, 3º andar, centro
07. Museu da Segunda Guerra Mundial
Contém relíquias da segunda guerra, como armas, jornais e outras peças.
Horário: Segunda a Quinta, 9h ás 17h30
End.: Praça Olavo Bilac, 33, centro.
08. Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos
Homenageia o escritor alagoano contando sua vida e obra, contém mais de 75 mil livros e quadros e esculturas de artistas regionais.
Horário: Segunda a Sexta, 9h ás 17h
End.: Praça D. Pedro II, 57, centro.
09. Museu Palácio Floriano Peixoto - MUPA
Mobiliário e objetos decorativos do século XIX e XX, quadros de pintores alagoanos.
Horário: Terça a Sexta, 9h ás 17h.
End.: Praça Marechal Floriano Peixoto, 517, centro.
10. Museu de Arte Sacra Pierre Chalita
Coleções de artes Sacras de Alagoas, com esculturas, pinturas, móveis do século XVII ao XX.
Horário: Segunda a Sexta, 8h ás 12h/ 14h ás 17h
End. Praça Marechal Floriano Peixoto, 44, Centro
*Como lá não pode tirar foto de muita coisa, só indo lá para ver.
11. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
End. Rua João Pessoa, Centro
"No século XVI, os Jesuítas começaram a criar as
Irmandades de Nossa Senhora do Rosário
para escravos negros. A origem dessas
instituições vem de Portugal, todavia, é muito discutida a razão de ser
de sua constituição. Uns opinam que o motivo foi o
veículo para acolher os negros escravos, introduzindo-os no meio social,
não para dar-lhes condição humana, mas, para torná-los dóceis às
necessidades do uso, como força humana para a economia portuguesa".
No alto da Igreja tem a estátua de um galo. No século XII, surgem os galos nas torres das igrejas. Durante a
Idade Média,
esse símbolo, representou até a vigilância do vigário, do padre para
com as almas. Em Maceió, na torre da Igreja do Rosário dos Pretos está o Galo vigilante, mandando-nos a sua mensagem de vigilância e
paz".
12. Igreja dos Martírios
"Em 3 de maio de 1833, o negro Manoel Luís Correia reunidos com outros na
Igreja de Nossa Senhora do Rosário, fundaram a Irmandade de Bom Jesus
dos Martírios, cogitando a construção de uma nova capela para abrigar a
recém-formada Irmandade. Três anos depois, através do provedor, José
Antônio Rodrigues, iniciou-se a construção da capela, no mesmo local da
atual igreja, na Praça dos Martírios ou Praça Floriano Peixoto".
Enfim, a cidade é muito legal e cada parte dela conta uma história. Não achei na cidade um posto para informação ao turista e tive um pouco de dificuldade para encontrar certos lugares, mas, é só sair andando que se encontra muitas coisas interessantes.
Andar no centro é bom demais, ouvir o povo falando, a forma que se comportam, vale a pena descobrir o outro lado da cidade.
*Dados pesquisados em materiais impressos e internet.